Quando criança ajudava no armazém dos meus pais, uma espécie de mercado pequeno. Aos nove anos vendia produtos de beleza para ganhar uns trocados, e com onze dava aula particular para alguns garotos ajudando nas tarefas escolares, e vez ou outra, monitorava uma professora em sua sala de aula lotada, como conferencista das tarefas, ditados e ganhava um extra.
Depois, trabalhei como empregada doméstica fazendo de tudo, desde lavar roupas da família, cozinhar, faxinar e olhar uma fofinha de dois aninhos. Aos quinze, fui contratada como menor aprendiz pela Prefeitura Mossâmedes-GO, e era professora mirim de duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde, estudando a noite.
Logo após, a prefeitura me contratou como recepcionista com carteira assinada. Eu adorei porque havia participado de uma seleção numa empresa, e, embora obtivesse aprovação com a melhor nota e avaliação, na concorrência com uns dez homens, não fui contratada por ser mulher.
Argumentaram que eu poderia ter filhos, faltaria ao trabalho, entraria de licença, etc. Quer saber o que fiz diante disso? É só baixar o E-book gratuito 05 dicas preciosas para as mulheres decolarem na carreira e descobrir como eu dei a volta por cima e por baixo! Ocupei outros cargos naquele Órgão, me formei em Direito, passei no exame da OAB/GO, mudei-me para Goiânia, advoguei para um candidato ao Governo do Estado, que inclusive ganhou as eleições, assessorei o Procurador-Geral do Estado, fui Professora Universitária por mais de dez anos e de cursinho preparatório para Perito da Polícia Federal em Goiás e Brasília e passei em um concurso público federal.